sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Participação e colaboração que mudam negócios...

Em razão das mudanças ocorridas rapidamente no mundo, seja em tecnologia, ou negócios, as pessoas vêm se interessando, se preocupando e participando cada vez mais da economia.
Muitas vezes, em meio a dificuldades empresariais, as pessoas envolvidas são tomadas por sentimentos conformistas e passam a acreditar que a melhor forma de solucionar tal problema é deixá-lo nas mãos da presidência, permitindo com que tudo se acabe de vez... Mas, existem pessoas que estão nas corporações tendo atitudes proativas, otimistas e batalham para que ´´o barco não afunde´´, procurando novas saídas. No livro Wikinomiks , Don Tapscott e Anthony D.Wiiliams contam como Rob McEwewn,CEO da Goldcorp Inc.,uma pequena firma de mineração de ouro em Toronto que estava lutando para sobreviver, conseguiu com novas idéias e com a ajuda de pessoas estranhas à área de mineração, alavancar os lucros da empresa.
Essa grande característica de participação em massa vem atingindo a forma como bens e serviços são inventados, comercializados e produzidos, e este fator apresenta oportunidades para empresas e pessoas que se unem. Essa participação não é coisa nova, há muito tempo já existe a colaboração mesmo sendo em pequena escala, que ocorria entre familiares, amigos e sócios em suas próprias casas, comunidades e locais de trabalho, porém, hoje com o avanço da tecnologia ela atingiu maiores potenciais. Segundo Tapscott e Wiiliams (2006), a maioria das pessoas estava confinada a papéis econômicos relativamente limitados, seja como consumidores passivos de produtos produzidos em massa ou como funcionários presos em burocracias organizacionais nas quais o chefe lhes dizia o que fazer. Ou seja, as pessoas esperavam o chefe ditar o que era para ser feito no serviço e como fazer, elas não tinham autonomia e força de vontade de propor novos conhecimentos para se realizar determinado trabalho, mas isto está mudando.
Hoje com todo esse processo, os indivíduos têm mais facilidade e possuem em mãos todas as ferramentas necessárias para cooperar, criar valor e concorrer. A exemplo disso citamos as redes sociais, novas mídias que vêm sendo fortemente exploradas por empresas, ampliando seus locais de marketing e vendas, e também utilizadas por consumidores como forma de colaborar com estas mesmo que isso seja sem remuneração.Tudo isso abre caminhos para que uma pessoa “comum” se transforme rapidamente em um criador de algo inovador, um colaborador importante sendo ao passar conhecimentos sobre algo no Wikipédia ou compartilhando notícias num blog.Daí nasce o termo ´´peering´´ ou ´´peer production´´ que é justamente a criação de valores por um grupo de pessoas e empresas que compartilham de forma aberta com seus conhecimentos colaborando para impulsionar a inovação e crescimento de seus ramos. Enfim, como dizem os autores, “bem vindo ao mundo da Wikinomiks, onde a colaboração em massa transformará todas as instituições em sociedades.”
A cada dia mais, os consumidores se tornam também colaboradores do que estão adquirindo e usando. Hoje, além disso, eles também são “prosumers”, produtores daquilo que consomem, ou seja, eles também participam do projeto de criação e produção de determinados produtos de maneira ativa, a exemplo do Second Life, jogo on line que simula a vida real, onde os participantes têm a liberdade de socializar, mudar e criar aquele produto, dessa forma, Tapscott e Wiiliams(2006),dizem que essa nova geração de “prosumers” trata o mundo com um lugar de criação, e não de consumo. Essa nova forma de aprender e interagir significa que eles verão o mundo como um palco de suas próprias inovações. Assim como você pode girar e embaralhar um cubo mágico, os “prosumers” reconfigurarão produtos de acordo com as próprias finalidades. Itens estáticos, inalteráveis, não editáveis serão uma anátema, prontos para as lixeiras da história do século XX.
Realmente, o futuro já chegou.

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